As técnicas e mecanismos de SEO para e-commerce estão mudando a realidade de inúmeras lojas virtuais. Sabendo disso, muitos negócios estão investindo em estratégias que aumentam o tráfego orgânico e, consequentemente, as vendas dentro e fora da internet.
De acordo com um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 97% da população brasileira faz pesquisas online antes de comprar em lojas físicas. Além disso, desde o início da pandemia do coronavírus, o comércio digital ganha novos consumidores e a tendência é que os números continuem subindo .
Ou seja, mais do que nunca, você precisa investir em técnicas de SEO para e-commerce, se quiser potencializar os resultados das suas vendas em lojas virtuais.
O que é SEO para e-commerce?
A sigla SEO significa Search Engine Optimization ou Otimização para Mecanismos de Busca em português. São técnicas de marketing para a otimização de sites, blogs e páginas na internet em geral.
No caso de SEO para e-commerce, essas otimizações visam melhorar o posicionamento orgânico no Google para gerar mais tráfego e, como resultado, aumentar as vendas e divulgação das lojas virtuais.
Entre as principais vantagens do SEO para lojas virtuais, podemos citar:
- Atrair mais visitantes para as páginas e produtos desejados;
- Ganhar destaque, autoridade e visibilidade para a marca;
- Aumentar as vendas e o faturamento da loja;
- Otimizar a experiência do usuário;
- Diminuir custos dos anúncios patrocinados.
Em um estudo realizado pela Semrush e Web Estratégica, a segunda maior fonte de tráfego para os 100 maiores e-commerces são as visitas orgânicas – vindas de pesquisas na internet. Cerca de 24,7% das visitas foram originadas por buscas no Google.
Como funciona o SEO para e-commerce?
Ao fazer uma pesquisa no Google, o buscador tem o objetivo de garantir que qualquer usuário fique satisfeito com os resultados apresentados. Para isso, ele faz um trabalho minucioso com os seus “robôs”.
Os Googlebots (como são chamados) rastreiam as páginas na internet em busca das melhores, de acordo com determinada consulta. Eles consideram diversos fatores e padrões para chegar nos resultados mais otimizados, apresentando um ranking que você já deve estar acostumado a ver.
Do básico ao avançado: 11 dicas de SEO para e-commerce
Com alguns pequenos e simples ajustes já é possível otimizar seu e-commerce para que o Google entenda que os seus produtos e sua loja oferecem o que o cliente está precisando.
1. Pesquisa e uso de palavras-chave
O processo para melhorar a sua posição no Google deve começar pela pesquisa de palavras-chave. Essa é a base de qualquer estratégia de SEO para e-commerce.
São as palavras-chave (keywords) que vão direcionar todas as melhorias dentro do seu site. É impossível otimizar a página de um produto sem que você saiba quais palavras-chave são mais buscadas, por exemplo.
Além disso, você pode considerar as etapas do processo de decisão de compra. Termos como “celulares e smartphones” indicam que o consumidor ainda está no início de sua pesquisa. Por outro lado, se ele pesquisa por “comprar celular Samsung”, é porque ele está mais perto da decisão de compra.
É recomendável inserir as palavras-chave nos seguintes locais:
- URL amigáveis das páginas, categorias e produtos;
- Meta título (é o título que aparece para o usuário na página de resultados);
- Meta descrição (descrição da sua página no buscador);
- H1 (que é o título principal da página);
- Resumo do produto dentro da loja virtual;
- Nome do arquivo das imagens dos produtos;
- Texto alternativo ou alt text das imagens correspondentes ao produto.
2. Arquitetura do site
A estrutura interna do site da sua loja virtual é um dos pontos que mais influencia na hora da compra, além de ser essencial para se posicionar melhor no Google. Sem falar que a construção e organização favorece a experiência do usuário. Por isso, é importante planejar as categorias e subcategorias para que o cliente tenha uma navegação lógica, simples e agradável.
Confira alguns exemplos:
- informática > notebooks > notebooks 2 em 1;
- móveis > cama > beliche;
- moda > masculino > roupas.
Uma boa forma de compreender como fazer essa etapa é analisar os concorrentes. Veja como outras lojas virtuais organizam as suas categorias e páginas para se inspirar na hora de estruturar a sua.
3. Título das páginas
Como mencionamos antes, a inserção da palavra-chave deve ser feita em diversos locais de suas páginas. Os meta títulos são um dos locais mais importantes do SEO para e-commerce, pois o Google precisa saber do que trata seu site. Isso também é o primeiro item que o usuário vê nos resultados.
Não se esqueça de manter o seu título com no máximo 60 caracteres, ao mesmo tempo em que você precisa adicionar alguns detalhes do produto em específico.
4. Meta descrição
A meta descrição (meta description) é a parte logo abaixo do título na página dos resultados do Google. Esse conteúdo deve ser um texto que faça o usuário se interessar em clicar na categoria ou produto. Logo, faça uma pequena chamada para a ação que o incentive a visitar a loja.
Nesta parte, escreva um conteúdo de no máximo 140 caracteres para que o Google não corte o seu texto nos resultados.
5. Heading tags
As tags <h1>, <h2>, <h3> e, assim por diante, são códigos conhecidos como heading tags. O h1 costuma ser uma espécie de segundo título de página, podendo ser igual ou diferente do título que vai aparecer no Google, mas sempre com a palavra-chave em questão.
Já os h2 e h3 devem ser introduzidos como intertítulos, ou seja, formas de destacar o conteúdo da sua página por meio de palavras relacionadas à principal.
6. Imagens otimizadas
Muitas lojas virtuais esquecem da importância de otimizar todas as imagens que vão ser colocadas no site. Além de ajudar no SEO para e-commerce, elas também podem aparecer no Google Imagens e trazer mais tráfego orgânico.
Para fazer essa otimização, atente-se a dois pontos: o nome original do arquivo (palavra-chave.jpg) e tag <alt text> que também deve conter o termo principal.
7. Links internos
A estrutura de links internos é um fator crucial para as lojas virtuais. Trata-se de mais um parâmetro que o Google utiliza para entender a relevância de suas páginas.
Essa estrutura deve “conversar” entre si e fazer sentido lógico tanto para o usuário quanto para os robôs do Google. Além disso, é uma forma de manter o consumidor navegando no site por mais tempo e aumentar a taxa de conversão.
Um exemplo de links internos para SEO no e-commerce é a sugestão de produtos semelhantes e relacionados. Já outro, são aqueles produtos que geralmente podem ser vendidos “juntos”, por isso surgem como sugestões.
8. Protocolo HTTPS
Um e-commerce com o protocolo de segurança HTTPS é mais confiável e influencia diretamente na posição do Google. Aliás, para e-commerces, o certificado SSL é praticamente obrigatório, pois é exigido por meios de pagamento para que as transações com cartões de crédito e informações pessoais dos clientes estejam seguras.
9. Priorize a velocidade de carregamento do site
A velocidade de carregamento de um site influencia no ranqueamento no Google. Garantir um site rápido, com páginas que carregam no menor tempo possível, fará com que o seu SEO seja muito mais eficaz.
Ainda dentro do assunto, invista em um rápido carregamento para sites mobile, levando em consideração que 85% dos brasileiros compram online pelo smartphone. A experiência do usuário deve ser ainda mais diferenciada e simplificada.
10. Crie descrições e páginas completas
Quanto mais você ajudar o usuário com informações relevantes, melhor serão os resultados do SEO para e-commerce. Caso seja possível, adicione conteúdos que ajudem o consumidor a decidir pela compra ali mesmo.
Alguns exemplos do que você pode adicionar para deixar suas descrições e páginas de produtos completas:
- Longas descrições;
- Imagens ilustrativas;
- Detalhes técnicos;
- Sugestões de uso;
- Guias de compra;
- Demonstrações em vídeos;
- Avaliações e comparativos;
- Perguntas e respostas.
11. Invista no Marketing de Conteúdo para SEO
Outra estratégia essencial de SEO no e-commerce é investir na criação de conteúdos que possam ajudar o seu consumidor a tomar a decisão de compra.
Muitas lojas online ignoram a importância do Marketing de Conteúdo. No entanto, é uma estratégia que aliada ao SEO pode aumentar ainda mais o tráfego orgânico de um e-commerce.
O Marketing de Conteúdo é a criação de conteúdos em diversos formatos, como artigos, vídeos tutoriais e infográficos. Esses materiais têm o objetivo de gerar mais potenciais clientes e construir autoridade para a marca.
Dentro do SEO, o Marketing de Conteúdo deve focar em resolver problemas e oferecer soluções para clientes que estão buscando por determinadas palavras-chave no Google.
Um bom exemplo de conteúdo seria criar no blog de sua loja uma lista com os “melhores celulares custo benefício”. Um post como esse oferece material altamente relevante e de valor para o usuário, sendo que quando otimizado com SEO pode proporcionar resultados incríveis na busca do Google.
Erros comuns de SEO no e-commerce
Por fim, procure, ao máximo, evitar alguns erros comuns quando se trata de SEO para e-commerce.
- Escolha da plataforma: nem todas as plataformas de e-commerce são otimizadas para SEO, portanto, selecione com atenção;
- Conteúdo duplicado: evite usar, por exemplo, descrições de produtos enviadas pelos fabricantes. Crie as suas próprias descrições e textos em geral;
- Links quebrados: é normal que com o tempo algumas páginas deixem de existir. Por isso, crie redirecionamentos para outros conteúdos ou para uma URL nova do mesmo produto.
Vale a pena investir em SEO para e-commerce?
O mais importante de ter em mente ao aplicar as estratégias de SEO em sua loja virtual é que deve ser um plano de longo prazo. Os resultados serão vistos com o tempo e com a continuidade do processo.
Manter seu site atualizado para que não perca posição no Google para concorrentes é fundamental. Os fatores e técnicas citados aqui podem facilmente ser adaptados com o tempo, pois o Google está sempre inovando.
Você está preparado para chegar ao topo e se manter lá? Então, sim, investir em SEO para e-commerce vale a pena!